domingo, 15 de março de 2009

URGÊNCIA






















Eu estava atrasada como sempre. Sempre me perguntei como o Pedro conseguia agüentar, mas o que importa é que ele conseguia. Cheguei ao restaurante 45 minutos atrasada e ele ainda tinha aquele sorriso sincero como de uma criança quando me viu.
_ Oi! – disse ele, gentil, puxando uma cadeira para eu sentar e pousando um beijo leve nos meus lábios.
_ Oi, querido! Desculpe o atraso, sabe como é...
_ Tudo bem, eu sei. Médicos, urgências, pacientes... Mas você já foi liberada?
_ Por enquanto sim, mas vou ter que voltar ao hospital a qualquer momento. É um caso grave, sabe.
_ Entendo doutora Andrea. – sorriu – Então é melhor nós fazermos logo os pedidos.
Fizemos os nossos pedidos e eu só tinha a agradecer ele ser tão compreensivo. Conversamos sobre coisas da vida, alguns planos nossos, mas eu não conseguia tirar os olhos dos seus, tão verdes e intensos; nem da forma como a sua boca se mexia enquanto soltava as palavras na mesa em frente a mim. Eu sempre dizia que ele era o meu ‘anjo caído’. Jantamos como um casal apaixonado o faz, com muitas carícias e brilhos nos olhos.
_ Vamos indo? – perguntei
_ Vamos. Pode me dar uma carona? Meu carro ainda está no conserto e vim de táxi.
_ Pedro, nós moramos juntos. Na mesma casa.
_ Ah, pensei que você ia direto pro hospital.
_ Não, só se me ligarem.
_ Então vamos.
Não sei como consegui dirigir naquela noite com o Pedro beijando meu pescoço, acariciando minha barriga, seios e passando a mão nas minhas pernas.
_ Desse jeito não vamos chegar vivos em casa. – eu disse.
_Temos que chegar!
Quase bati o carro no portão e parei o carro bruscamente na garagem.
Agora, foi a minha vez de beijá-lo e acariciá-lo, ainda dentro do carro. Não resisti e fui para cima dele no banco do carro.
Comecei a beijar a sua boca, ao mesmo tempo em que lutava com os botões da sua camisa e conseguia arrancá-la do seu corpo. Enquanto isso ele mantinha uma mão acariciando minha bunda, e com a outra me explorava por dentro da blusa, até que conseguiu abrir o meu sutiã e tirá-lo também.
_ Vamos entrar? – perguntei
_ Aqui ta bom – disse ele, rindo
_ Muito... apertado...
_ Tá, então vamos.
Andamos trôpegos, feito bêbados, enroscados um no outro, até que conseguimos achar a porta. Não fomos muito longe. O sofá pareceu bastante confortável e convidativo.
_ Pedro... Não posso – eu disse, em meio aos beijos, largando a bolsa no chão.
_ Por quê?
_ Vão me ligar do hospital a qualquer momento...
_ Então não vamos perder tempo.
Ele jogou algumas almofadas no chão e me deitou no sofá, acariciando meu corpo e tirando minha calça jeans, e depois minha blusa. Começou a beijar cada parte do meu corpo que a sua boca alcançava, enquanto me acariciava entre as pernas. Eu mesma podia me sentir quente. Até que então tirou minha calcinha e pôde sentir minha vagina molhada, acariciando lentamente, de cima para baixo, até que penetrou seus dedos em mim.
_ P-Pedro... Você tem q-que parar – consegui dizer em meio a gemidos e beijos.
_ Por quê? – disse no meu ouvido. Agora ele me massageava por dentro enquanto punha e tirava seus dedos de mim, me fazendo sentir ondas quentes de prazer. – Quer que eu pare?
_ Não – gemi – Não pára!
Ele continuou a me tocar, também beijando meu seio, envolvendo-o com a mão e a boca, passando sua língua quente, sabendo exatamente o que fazer. Não pude deixar de passar as mãos pelos seus cabelos, puxando-os e incitando-o a continuar. Perdi o completo controle arranhando com força demais as suas costas, fazendo-o gemer e gritar. Eu o empurrei de cima de mim para o chão, caindo em cima dele, vendo seus olhos frágeis pela excitação e seu sorriso safado, como de moleque.
_ Calma – disse ele rindo.
_ Calma nada, cala essa boca. – arranquei o resto da sua roupa, arranhando, beijando e mordendo seu corpo enquanto ele me olhava apoiado nos cotovelos. Até que agarrei seu pênis ereto e o enfiei completamente na minha boca. Mal pude vê-lo quando se deixou cair no chão respirando fundo.
Enquanto chupava o seu membro firme, eu ia arranhando a sua barriga, fazendo-o se arrepiar e prender a respiração. Ele se sentou e me puxou para junto dele, me deixando ver seus olhos turvos, frágeis pelo prazer me fazendo querer senti-lo dentro de mim. Fechei os olhos e gemi enquanto sentia seu pênis penetrando a minha vagina ao mesmo tempo em que ouvia a respiração ofegante do Pedro. Ele me segurou pelas costas fazendo com que mudássemos de posição sem que saísse de dentro de mim. Abri minhas pernas envolvendo-o pela cintura enquanto ele começava a me penetrar. Podia ver seus cabelos de plumas negras balançando sobre mim enquanto me olhava com luxúria nos olhos e gemia ofegante. Até que começou com investidas mais longas e fortes e eu a arranhá-lo as costas gemendo cada vez mais alto.
Então ele parou de me penetrar, para poder me virar, fazendo com que eu ficasse de costas para ele, deitado de lado no chão. Com minha mão guiei seu pênis até a minha vagina, e ele começou a me penetrar novamente, enquanto acariciava o meu clitóris com uma mão, e com a outra envolvia meu seio até substituir a mão pela boca. Ele continuou a acariciar meu clitóris fazendo-me sentir grandes ondas de prazer e ficar mais ofegante, até que ele começou investidas cada vez mais rápidas e fortes, fazendo com que chegássemos ao clímax juntos.
Após alguns instantes me virei de frente para ele, encarando seus olhos risonhos já sonolentos. Continuamos deitados no chão, completamente suados e ofegantes, quase adormecidos.
_ Eu amo você – ele me surpreendeu dizendo estas palavras de olhos fechados e com um meio sorriso nos lábios.
_ Eu-- – meu telefone tocou – droga!
_ Tudo bem. Te vejo no café da manhã?
_ Sim, talvez até antes – eu já estava de pé, catando nossas roupas, procurando as minhas – Vá descansar na cama – recomendei.
_ É, eu vou. – se levantou lentamente, veio até mim, pousou seus lábios nos meus e foi em direção ao quarto. – Não se atrase. – disse por cima do ombro.



Larissa Baker